terça-feira, 29 de abril de 2008

"Estou tão triste!"

Eu não sei escrever, mas sei ler. E sei captar coisas das minhas leituras.Sei que os tempos modernos abrem espaços para formas das mais variadas de expressões legíveis e que muitas vezes essas formas não expressam porra nenhuma. Sei também que normalmente, estes não querem expressar nada. Mas quem quer expressar devia saber o que está fazendo.

Me lembro de ter lido um conto de terror, certa vez, que não aterrorizava nem um pouco, mas fez com que eu me sentisse dentro da história. Eu sentia a tempestade, podia enxergar os olhos luminosos de rubi me olhando. Ressalvo: não tem nada que eu admiro mais do que o bom uso das palavras... Mas bah, como eu detesto quando alguém mete aqueeeela hipocrisia no meio. Mais do que isso, quando contribui pra transmitir coisas ruins ao receptor. Posso apontar como o melhor exemplo disso o Metallica: lançou o CD Saint Anger, apontado como o pior deles, uma verdadeira traição aos fãs que trouxeram a banda para onde estão hoje, justificado mais tarde com o DVD Some Kind of Monster, que mostrou um período em que os integrantes não podiam nem se ver, problemas em seqüências, sessões em psicólogos...

Eu respeito se eles tiveram problemas... Mas pra que envolver os fãs nisso? É muito difícil gravar uma música em casa, mostrar pra um amigo ou dois? Pro Metallica, aposto q é barbada! É coisa típica: "Não se metam em nossas vidas, nós somos humanos também". E é verdade, não devemos nos meter nas suas vidas privadas, muito menos envolvidos com problemas que não são nossos. Aí hoje todos reclamam dos emos chorões, mas lêem e ouvem peças de autores que, além de tudo, conseguem transmitir os problemas pros outros.

Dizia a Madre Tereza de Calcutá: "Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz." Eu penso... E se o mundo pensasse um pouco desse jeito? Não estou pregando que sejam ignorados os problemas que temos... Apenas que cada um envolva quem precisa envolver. E no tempo restante, que seja dedicado a outra pessoa o carinho e atenção a gente já precisou em algum outro momento. Nada mais simples que uma pacífica e descompromissada corrente do bem.